domingo, 15 de abril de 2018

OS ANOS 60



De uns tempos para cá, tenho remetido minha memória para algumas décadas já vividas, principalmente os anos 60. Acho que a explicação está no seriado Mad Men, do Netflix, ao qual tenho sido espectador assíduo.

O enredo e a fidelização aos costumes e moda daquela época, são impecáveis no seriado. A cronologia dos acontecimentos, são perfeitos.

Após cada episódio assistido, fico lembrando daqueles anos que, para mim, foram realmente dourados. Lembro de filmes tipo, Bonequinha de Luxo, estrelado por Audrey Hepburn e George Peppard. Ou ainda, Um Homem...Uma Mulher. Ou talvez, A Primeira Noite de um Homem. A lista seria enorme e seria necessário uma postagem única.

Na música, tivemos Beatles, Rolling Stones, Janis Jolin, Jimmy Hendrix, entre outros que são lembrados até hoje. No Brasil, foi a década da consolidação da Bossa Nova, o surgimento da Tropicália e da Jovem Guarda. Não vou, de maneira alguma, comparar com o que é criado nos dias de hoje. As músicas italianas e francesas, também vieram com força total, colando rostos enquanto dançávamos - "Je t'aime moi non plus", não me deixa mentir.

Relembrando a moda, a meu ver, foi a década em que as mulheres eram mais elegantes. Mary Quant e sua inovadora Mini Saia, além da praticidade, fazia a alegria da ala masculina. Curiosamente, observo que a moda masculina de hoje, tem forte inspiração nos anos 60, basta ver as gravatas, ternos, sapatos, jeans e, cortes de cabelo.

Falei em Beatles e Mary Quant mas, não posso esquecer de citar James Bond. Os ingleses também marcaram presença importante em nossas vidas. Para os adolescentes da época, como eu, dançar Twist and Shout com uma menina vestindo mini saia, era o apocalipse! Após a dança, fazíamos aquela cara de 007, levantando a sobrancelha tentando impressionar a garota. Só faltava um Jaguar ou, um Aston Martin. Rolls Royce, era coisa de velho. Ah, a Invasão Britânica nos 60th! Nem Churchill imaginaria!

Não tínhamos a tecnologia de hoje e, nem precisávamos. As conversas e eventuais namoros, eram ao vivo. No máximo usávamos um telefone fixo, uma máquina de escrever ou, um bilhetinho enviado àquela menina "mais bonita do colégio".

Também não tinha essa coisa chata do "politicamente correto". Era permitido fumar em qualquer lugar; ninguém usava capacete ao pilotar uma moto; falávamos o que vinha à cabeça e, estamos conversados.

Com vinte e poucos anos, já éramos adultos, formados e prontos para casar. É verdade que alguns casamentos eram realizados às pressas e, tinham vida curta. Outros, duram até hoje e, só Deus sabe como!

Alguns acontecimentos daquela década, marcaram para sempre: Woodstock...Maio de 1968...Contracultura...Beatnicks...Homem na lua...Guerra fria...Kennedy...Martin Luther King...Brigite Bardot...Barbarella...Minha primeira CNH...Primeira namorada...e por aí vai!

Finalizando e, antes de fechar meu baú de recordações, não posso deixar de lembrar como as pessoas eram educadas, independente da classe social ou econômica.

Fecho o baú e volto à 2018 e...seja o que Deus quiser!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sábio amigo Francisco perfeita leitura e contextualização. Sempre um aprendizado ler teus posts. Obrigado pelo flash e registros relevantes. Valeu. Abção