sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO MA(CO)RINHEIRO POPEYE


Quem acompanhou meu antigo blog (Pra Ler no Banheiro!), sabe que sempre usei a figura do Popeye no perfil durante um bom tempo.
Há poucos dias atrás, seguindo a onda de colocar personagens que marcaram nossa infância no Facebook, voltei a me encontrar com o velho marinheiro. É óbvio que quando criança, não sabia como ele foi idealizado por seu criador, e via-o apenas como um "super herói" meio atrapalhado, que no final sempre se dava bem, ora conquistando sua Olivia Palito, ora fazendo com que seu inimigo Brutus morresse de inveja. Como desenho animado também é cultura, compartilho com vocês a verdadeira faceta do meu herói.
O criador de Popeye chamava-se Elzie Segar, um cara muito doidão que apesar de inteligentíssimo, vivia chapado dia e noite. Em 1929, ano do nascimento do "saylor man", ainda não existia nos Estados Unidos a maconha, então Mr. Segar "viajava" usando ópio, heroína, morfina, e outras drogas.
Um belo dia, sentado num bar da zona portuária, Elzie Segar encontrou-se com um amigo marinheiro que recém havia chegado da Europa trazendo alguns potes da mais pura "canabis". O cara fumava cachimbo e tinha um olho vazado. Querendo homenagear o amigo que o presenteou com a novidade, o doidão do Segar inventou uma histórinha em quadrinhos onde outro maluco como ele, fumava latas e mais latas de maconha no cachimbo e ficava com uma força e disposição descomunal.
O nome "Popeye", vem de Pop (estourado) e Eye (olho).
As primeiras histórias eram políticamente incorretas. Uma delas chamava-se "Blow Me Down", onde o marinheiro chapado bebia e brigava com todo mundo. Logo após surgiu "Wild Elephinks". Nessa Popeye completamente enlouquecido matava animais na floresta sem dó nem piedade.
Com o tempo, e para amenizar a coisa, já que algumas crianças começaram a se interessar pelo personagem, a maconha foi substituida por espinafre em lata, ainda que a força surgisse sempre que ele espremia o conteúdo que caia diretamente no cachimbo, e em questão de segundos ele virava cambalhotas de alegria e batia no Brutus com vontade.
Dizem que naquela época, espinafre virou sinônimo de maconha entre os adeptos da novidade, e até a "larica" do Popeye era saciada quando ele comia as tortas feitas pela Olivia!
Outra curiosidade daquele tempo é que as crianças passaram a comer espinafre como nunca, pois queriam ser fortes também, e durante um bom tempo esgotaram-se os estoques de latas nos pontos de venda. Para nós, brasileiros, era estranho comer espinafre em lata, coisa comum por lá, ainda assim a molecada daqui também passou a gostar da novidade.
Até algumas frases ditas por Popeye têm quem jure que eram feitas após algumas "cachimbadas", tais como: "Sou o que sou, e isso é tudo o que sou", ou então "Pelas barbas do camarão!". Filosofia, pura...!
Aos 81 anos, o velho marinheiro ainda continua na ativa, fazendo com que Olivia derreta-se de tanto amor por ele. O que ninguém até hoje descobriu, é se essa vitalidade toda é causada pelo espinafre, ou pelo conteúdo da lata que um dia o amigo caolho trouxe do velho continente.
De qualquer forma, e sem preconceito algum, Popeye é e continuará sendo meu ídolo, independente do conteúdo da lata...!
Longa vida à você, Macorinheiro Popeye...!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TEMPOS TREPIDANTES


Ufaa!! Os tempos andam quentes. Paul McCartney esteve em Porto Alegre. Pena que cancelaram a participação de Kleiton e Kledir. Ia adorar saber que o velho "MACCA" encerraria o show da dupla gaúcha...! Brincadeiras à parte, mas como diz um colega, Paul faz e sempre fará sucesso por ter sido um Beatle.
Sempre preferi as composições e solos de guitarra do George além das atitudes radicais do Lennon, mas como para assisti-los atualmente sómente numa sessão espírita, o jeito foi curtir Sir Paul, já que é o que temos para o momento...!
Os tempos trepidantes oscilam entre mega-shows e a política. Luiz Inácio prepara o pijama (será?) e Dilma o tailleur. No Rio Grande do Sul teremos quatro anos com o Tarso GENRO fazendo do governo a casa da sogra. E a CPMF? Quem diria...! Nem assumiram ainda...! Existem coisas que nunca sei se é sacanagem ou piada.
Li numa revista que o tamanho dos dedos pode ser indicador de produtividade sexual. Ou seja: Dedo grande, tesão enorme! Eu, como diria o outro, o grego, aquele que bebeu cicuta, só sei que nada sei! Em todo o caso, estou satisfeito com o tamanho dos meus dedos.
A vida em tempos midiáticos é assim: um dia tem bizarrice, no outro também. Lady Gaga cometeu gafe diplomática. Eu sempre achei Lady Gaga uma gafe. Jamais diplomática. O Brasil está avançando para trás. Jovens de classe média paulista já combateram a minissaia, as gordas, já humilharam uma universitária, e agora os nordestinos. No Rio Grande do Sul, o esquema é mais tradicional: alguns neonazistas investiram contra negros, as cotas nas universidades e o senador Paulo Paim. A coisa vai de vento em proa...!
Numa reunião de trabalho me perguntaram sobre a influência da Revolução de 1930 (aquela em que alguns gaúchos amarraram os cavalos no obelisco no Rio). Respondi que ela é permanente, e os sinais estão em toda a parte; além do filé à Oswaldo Aranha tem também a fixação da CBF em treinadores de futebol gaúchos, ainda que os problemas continuem.
Já o ENEM, é uma trapalhada atrás da outra. Como observou meu filho, houve "apenas leves equívocos como gabarito invertido, erro de impressão, folha repetida e questão duplicada", sem contar que um repórter "vazou" o tema da redação. Parece que o Ministério da Educação diante de todo esse rolo emitiu nota dizendo: "Enem, estamos aí!". Trocadilho infame e barato. Caro mesmo foi o show do velho Paul!
Eu já sabia que Paul McCartney é vegetariano, mesmo assim esperava encontrá-lo, domingo ao meio-dia numa churrascaria por aqui. Até notei uma mesa reservada, e pensei que era para ele. Ser milionário, famoso e só comer bife de soja, não havia passado pela minha cabeça, depois lembrei de Michel Houellebecq que certa vez filosofou dizendo que um dia a humanidade só comerá bife de soja e ouvirá Beatles. Acho que sempre estive à frente do meu tempo, pois adoro bife de soja e sou fã dos Beatles desde sempre. Graças à eles, e por saber traduzir algumas letras para o português, consegui na juventude namorar uma colega que era o sonho de consumo de toda a faculdade.
Bons tempos! Não tão trepidantes como hoje em dia, mas tudo era um barato.
Caro mesmo foi o show do velho Paul...!